O adiamento da vigência da NR-1 impacta diretamente a avaliação dos riscos psicossociais no ambiente de trabalho. Entenda o que muda e como sua empresa deve se preparar.
A nova redação da NR-1 (Norma Regulamentadora nº 1), que trata das disposições gerais sobre segurança e saúde no trabalho e foi revisada para incluir diretrizes específicas sobre a gestão de riscos psicossociais no trabalho, teve sua vigência adiada para maio de 2026. A medida, publicada no Diário Oficial da União, traz implicações importantes — especialmente no que diz respeito à avaliação e gestão dos riscos psicossociais no ambiente laboral.
O que são riscos psicossociais no trabalho?
Os riscos psicossociais envolvem fatores como:
1. Excesso de pressão por resultados
2. Assédio moral ou sexual
3. Jornada de trabalho excessiva
4. Falta de reconhecimento profissional
5. Clima organizacional tóxico
Esses fatores podem gerar consequências graves à saúde mental dos trabalhadores, como síndrome de burnout, depressão, ansiedade e até doenças psicossomáticas.
O que mudaria com a nova NR-1?
A redação atualizada da NR-1 incluía pela primeira vez a obrigatoriedade de considerar riscos psicossociais no Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. Isso tornaria a abordagem mais completa e alinhada com práticas internacionais de segurança e saúde no trabalho.
Com o adiamento, no entanto, a exigência legal de avaliação formal desses riscos também foi postergada, o que pode gerar insegurança jurídica e ambiguidade nas ações das empresas.
Por que o adiamento causa preocupação?
O Ministério do Trabalho e Emprego justifica o adiamento como uma oportunidade para amadurecer o debate técnico. No entanto, especialistas alertam que a postergação pode:
1. Retardar o avanço na saúde mental dos trabalhadores
2. Manter lacunas na prevenção de doenças ocupacionais
3. Aumentar a subnotificação de transtornos relacionados ao trabalho
Como as empresas devem agir até 2026?
Mesmo sem a obrigatoriedade formal, é altamente recomendável que as empresas adotem medidas proativas para identificar, avaliar e controlar riscos psicossociais. Algumas ações estratégicas incluem:
1. Realização de diagnósticos organizacionais
2. Aplicação de questionários psicossociais validados
3. Implementação de programas de apoio psicológico
4. Capacitação de lideranças para gestão humanizada
A importância da medicina do trabalho nesse cenário
O papel da medicina ocupacional e das consultorias em segurança do trabalho será fundamental para guiar as empresas nesse período de transição. O suporte técnico especializado garante:
1. Avaliações técnicas adequadas
2. Conformidade com outras normas já em vigor
3. Acompanhamento clínico e psicossocial dos colaboradores
Conclusão: adiar não significa ignorar
O adiamento da nova NR-1 não deve ser visto como uma justificativa para deixar de lado os cuidados com a saúde mental dos trabalhadores. Pelo contrário: é o momento ideal para antecipar mudanças, promover ações preventivas e mostrar responsabilidade social corporativa.
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